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Foto do escritorPadre Carlos Alberto Contieri, SJ

Liturgia Diária 07/06

Dia 7 - quarta-feira: Tb 3,1-11.16-17; Sl 24(25); Mc 12,18-27.

Nesse trecho do evangelho, aparece um outro grupo de opositores de Jesus, os saduceus. Eles não são propriamente um grupo religioso, mas uma espécie de aristocracia ligada ao Templo de Jerusalém. Os vários grupos que detêm algum tipo de poder ou interesse se opõem a Jesus. A questão posta pelos saduceus é sobre a ressurreição que eles não acreditavam (cf. v.18), ao contrário dos fariseus que, sim, acreditavam. Como nós podemos observar, eles apresentam um caso absurdo com o duplo intuito de ridicularizar a fé na ressurreição (vv.19-23), que tem raízes na história da fé de Israel, e desmoralizar Jesus. Para isso, recorrem à lei do levirato (ver para isso: Dt 25,5-6). Na sua resposta Jesus revela a ignorância deles: interpretam mal a Escritura e desconhecem o poder de Deus, supondo que a morte anularia o poder de Deus. Os saduceus, buscando ridicularizar a crença na ressurreição, a apresentam como pura continuidade da vida terrestre. Engano! Deus é surpreendente: quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu (v.25). É preciso se abrir à novidade de Deus e nele esperar. Os saduceus pensaram poder falar da ressurreição prescindindo de Deus. Ora, sem a relação ao Deus dos vivos, a própria Escritura é letra morta (cf. vv.26-27). Não acreditar na ressurreição é se fechar para a fé em Deus, pois a ressurreição é o fundamento da fé.

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