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Foto do escritorPadre Carlos Alberto Contieri, SJ

Liturgia Diária 05/06

Dia 5 - segunda-feira: Tb 1,3;2,1-8; Sl 11(112); Mc 12,1-12.

A imagem de fundo da parábola que Jesus conta aos sumos sacerdotes, mestres da lei e anciãos é Is 5,1-7. Esta parábola, com modificações importantes, é da tríplice tradição, nós a encontramos também nos evangelhos de Mateu e Lucas (Mt 21,33-46; Lc 20,9-19). O cerco sobre Jesus vai se fechando cada vez mais; a sua paixão e morte se aproximam. Jesus parte para o ataque. Os destinatários da parábola são os chefes do povo (cf. 11,27). O texto é a história da rejeição do dom de Deus desde tempos remotos até Jesus, inclusive, que será morto fora dos muros de Jerusalém (cf. v.8): desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito até hoje, enviei-vos os meus servos, os profetas, cada dia os enviei, incansavelmente. Mas não me escutaram, nem prestaram ouvidos, mas endureceram a sua cerviz e foram piores que seus pais (Jr 7,25-26). Para a tradição bíblica, o povo, simbolizado pela vinha, é a herança de Deus (Jr 50,11; Sl 79,1). A parábola contada por Jesus permite-nos concluir que uma das causas da morte de Jesus foi a cobiça: os chefes do povo, de meros administradores, quiseram para si tudo o que era de Deus; quiseram se apossar do que não lhes pertencia. A cobiça é o desejo de ter tudo, absolutamente tudo. Esse vício elimina quem quer que seja, até o verdadeiro herdeiro; a cobiça traz em si mesma um dinamismo de morte: Este é o herdeiro, matemo-lo, e a herança será nossa! (v.7).

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